Meu nome é Ingrid, tenho 30 anos e nasci com glaucoma congênito. Durante 16 anos, fui uma pessoa com baixa visão, mas, aos 17 anos, perdi a visão completamente. Em 2018, descobri o surf através de um projeto social chamado Associação Surf Sem Fronteiras.
Até então, eu nem sabia que existia uma versão adaptada do surf para pessoas com deficiência, mas logo me apaixonei pela modalidade.
O ano de 2024 trouxe uma grande surpresa para mim. Decidi participar do Campeonato Brasileiro de Para Surf, que aconteceu em agosto, na Paraíba. Os campeões desse campeonato garantiriam uma vaga na seleção brasileira para representar o país no ISA World Para Surfing, na Califórnia, e eu garanti a minha vaga na categoria VI-1, a categoria de deficientes visuais com cegueira total.