No inicio achei que não era certo expor a situação para as pessoas, pois todos saberiam quem é meu filho e o sofrimento dele seria exposto, mas com o passar dos dias comecei a ouvir mentiras sobre a realidade dos fatos e, com elas vieram as despesas ainda não custeadas pelos causadores do dano.
O FATO: meu filho foi submetido a uma cirurgia de FIMOSE (procedimento cirúrgico utilizado para remover pele que impede a liberação completa da glande do pênis masculino), um procedimento que geralmente tem duração de 30 minutos, durou por volta de 4 horas e, quando terminada, meu filho estava reclamando de muita dor e tontura.
Então solicitamos a troca dos lençóis da cama e dos curativos e, para nossa surpresa, quando a equipe de enfermagem responsável atendeu nosso pedido, percebemos que não possuía pênis visível no meu filho.
Meu mundo caiu! E o nosso sofrimento estava apenas começando.
Pediram que eu ficasse tranquilo, pois o médico que fez a cirurgia já tinha muitos anos de experiência. Posteriormente alguém chamou o médico que fez a cirurgia, este chegou acompanhado de algumas enfermeiras e da enfermeira chefe do plantão. Ao adentrar no quarto questionamos o médico sobre a situação de anormalidade percebida por nós, o mesmo disse:
“Tudo aconteceu normalmente, e ele apenas retirou pele e com 10 dias iria começar a desinchar e o pênis começaria a aparecer”.
Não convencidos com as respostas prestadas e vendo meu filho agonizando de dor, tive que assinar um termo de responsabilidade e fomos para Teófilo Otoni pegar o encaminhamento com o pediatra que, ao analisar o caso, disse que nunca tinha visto uma situação dessas e nos encaminhou para o Urologista de sua confiança, com urgência.
Durante a consulta, o médico urologista que também afirmou que não tinha visto uma situação como essa e, marcou o procedimento cirúrgico de verificação/ constatação com urgência para o horário daquela mesma noite.
Então quando tiraram os pontos me chamaram e disseram: “constatamos a amputação do pênis do seu filho”. Entrei em choque... tentei me mover, mas estava paralisado e precisei ser amparado por enfermeiros.
Hoje meu filho está a salvo, no sentido de não correr risco de vida, porém, não temos uma resposta concreta sobre a possibilidade de reconstrução do pênis, como será sua vida daqui em diante, seja no colégio, seja quando for ao banheiro ou, como conseguirá viver sem esse trauma. Meu filho está com o pênis amputado por um erro médico!
Estamos fazendo essa “vaquinha” visando arrecadar recursos para buscar respostas o mais rápido possível, bem como a responsabilização dos envolvidos, pois não temos condições financeiras suficientes.
Peço sua ajuda, quero uma vida digna ao meu filho, quero JUSTIÇA!!