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Sonhos / Outros

Resgate Bel Air 51 que foi desde 0 km do meu avô

ID: 3093329
Resgate Bel Air 51 que foi desde 0 km do meu avô
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Vaquinha criada em: 30/08/2022

Bom dia a todos!

HISTORIA DO CHEVROLET BEL AIR – 1951

Meu saudoso avô Joaquim Barassal adquiriu, em 9 de abril de 1952, um Chevrolet Bel Air 1951, duas portas, na Lara Campos S/A, que ficava na Praça Princesa Isabel, 100 em São Paulo, conforme NF de compra anexa).O Bel Air foi adquirido em um momento muito difícil para meu avô, pois naquela época ele tinha como filhas minha mãe Neusa (então com 14 anos) e minha tia Laís (com 17 anos); antes das irmãs ele teve outra filha, que veio a falecer com meses de meningite, que se chamava Laís, também. Naquele tempo minha tia Laís foi diagnosticada com Nefrite, uma doença que na época era de difícil tratamento.  Quando meu avô resolveu comprar o Chevrolet 51 por escolha da minha tia Laís, que depois de meses veio a falecer. Foi muito triste para meus avos perderem a segunda filha, ficando toda atenção, então, para minha mãe.  Por esse motivo, meu avô se apegou muito ao Chevrolet -ele sempre me dizia isso- e quando eu fiz 16 anos, por ser o neto primogênito, confidenciou que quando fizesse 17 anos me daria o carro de presente.Meu avô usava o carro, mas não dava a devida manutenção, deixando de dirigi-lo por ser um carro grande. Meu pai resolveu restaurá-lo, deixando nos padrões de originalidade.Quando completei meus 17 anos (em 1980) fui presenteado pelo meu avô com o Chevrolet. Para mim aquilo foi um sonho, pois um pouco antes de 1980 foi lançado o filme Grease, com Olivia Newton-John e John Travolta -era o máximo!  Aos sábados íamos passear na Rua Augusta com brilhantina no cabelo, jaqueta de couro, vestidos a caráter, como se estivéssemos vivendo naquela época. O Bel Air era como um membro da família, como eu amava aquele carro!  Mas infelizmente, depois de uns 2 anos precisei vendê-lo, com muita dor no coração.AH SE ARREPENDIMENTO MATASSE!Um grande amigo meu, Rubens Caruso Jr.   também amante de carros antigos e jornalista automobilístico me dizia “não vende”, mas infelizmente foi preciso. Isso com o consentimento do meu avô, que veio a falecer em 1989.Eu e o Rubens nunca perdemos contato, e toda vez que conversávamos surgia a dúvida acerca da existência do Chevrolet.  Há mais ou menos um ano fiz uma postagem em um grupo de carros antigos no Facebook, colocando a foto e a NF de compra do carro, onde constava o número do motor, pois naquela época, em 1952, não era usual falar-se em número de chassis. Somente agora, questão de 20 dias atrás, uma pessoa que viu a postagem e, após pesquisas, entrou em contato com o Rubens informando ter localizado o Chevrolet em Santa Catarina.Quando o Rubens me falou não pude conter as lágrimas, muita emoção, um carro que não sabíamos se existia ainda, “desaparecido” há quase 40 anos, de repente ressurgir assim para nós! A esperança tomou conta dos nossos corações, sabendo que poderíamos ver o tão importante e querido Chevrolet 51.Aí começou a busca pelo atual proprietário: começamos pelo Veteran Car Clube, sem ter sucesso. Um grande amigo que mora em Joinville, o João Joao Oliveira  , sabendo da história se ofereceu para ajudar a procurá-lo. Batata!Conseguiu o telefone do proprietário, entrou em contato com ele e foi muito bem atendido. Ficou entusiasmado quando o João falou que conhecia o antigo proprietário do carro, originalmente comprado pelo seu avô Joaquim Barassal.QUE ALEGRIA A MINHA quando falei com o atual proprietário: senti como se tivesse encontrado um animalzinho que fugiu de casa, e que poderia abraçá-lo novamente!Ele me enviou fotos e uma cópia do documento do Chevrolet, comprovando a identidade do carro, que foi adquirido pelo meu avô desde 0 KM, e me informou que o mesmo está à venda, me convidando inclusive a ir vê-lo e dirigi-lo. Vocês têm ideia do que foi isso para mim!    Ah, como eu gostaria de ir, e quem sabe, adquiri-lo novamente, mas infelizmente, com minha história de vida: com apenas 38 anos de vida sofri um acidente de moto, causando um reboliço na minha vida financeira; tive várias complicações de saúde, chegando a quase ir a óbito, e nunca mais consegui me estabilizar profissionalmente. Em função deste acidente Inclusive adquiri duas deficiências físicas: encurtamento do membro inferior direito e perda de audição.  Bom, na impossibilidade de adquirir o Chevrolet e até mesmo sem condições financeiras para ir vê-lo, fica essa história tão importante, que se iniciou com meu avô e minha tia Laís e chega aos dias de hoje, tantas décadas depois, fazendo bater forte meu coração diante de tantas lembranças.

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