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Pessoas / Saúde / Caridade
REBEKA E AS MARCAS DA TRANSFOBIA
ID: 1603845
Guarulhos / São Paulo
REBEKA E AS MARCAS DA TRANSFOBIA
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Vaquinha criada em: 10/12/2020
Imagens cedidas e autorizadas pela vítima para @movimentolutecomoele 

 

REBEKA CURTTS, uma mulher transexual de 28 anos foi vítima de transfobia e tentativa de latrocínio no mes de outubro 17 em Içara, no sul de Santa Catarina. A jovem levou mais de 30 facadas, principalmente na cabeça e no rosto, e teve seu carro e celular levados por dois homens, um típico cliente desses que procuram mulheres transexuais para fazer programas, se negam a pagar e ainda se mostram transfobicos para toda sociedade."No sábado, por volta das 5h30 ele me ligou para nos encontrarmos. Ele já estava me devendo um dinheiro e disse que iria pagar tudo e levar um outro amigo. Peguei meu carro e fui até o local combinado", disse Rebeka, que é natural de Uberlândia (MG) mas mora em Criciúma (cidade localizada a 10 km de Içara, onde ocorreu o crime). O que essa mulher não imaginava é que sua morte estava sendo tramada.

 

Imagens cedidas pela vítima Para @movimentolutecomoele 

O crime aconteceu em uma estrada de terra, na zona rural da cidade, o homem tentou executar o pagamento em uma máquina de cartão, mas teve o procedimento recusado. Nesse momento, os dois homens puxaram cada um uma faca e começaram a desferir diversos golpes na cabeça e no rosto da vítima.Apavorada e com o carro em movimento, Rebeka conseguiu destravar a porta do veículo e saltar para fora. Ela correu para um sítio próximo ao local para procurar ajuda e, nesse momento, o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro à vítima.

 

Rebeka foi encaminhada para o Hospital São Donato, no centro de Içara, onde recebeu atendimento e prestou depoimento para a Polícia Civil.NA DELEGACIA Ela conta que na delegacia ainda foi vítima de transfobia, constrangida e humilhada por parte do delegado, que na hora de fazer o boletim de ocorrência, se recusará a colocar seu nome social "Rebeka Curtts"."Aqui é uma cidade pequena e existem um conservadorismo muito potente acompanhado de um preconceito estrutural e selvagem. Quase cheguei a brigar com o delegado, eles só cederam quando disse que ia denunciar por transfobia. Relata.InvestigaçõesDe acordo com o delegado Rafael Iasco, da Polícia Civil de Içara, o veículo da vítima foi localizado e recuperado na mesma noite. O veículo estava abandonado.Iasco também afirmou que a PM fez buscas na região, mas só duas semanas depois os homens foram detidos. Eles cumprem prissao preventiva enquanto aguarda o julgamento. E a pergunta que fica é: quando serão julgados e condenados? Algumas coisas não vão mudar se não abrimos a boca. Ressalta o jovem ativista LGBTQ+ e empresário Robhério Limma criador do movimento lute como ele, e afirma que casos de assassinatos de travestis ou transexuais motivadas por ódio e preconceito escancaram a realidade da vulnerabilidade vivida por essa população. “Acompanho casos de violência de assassinatos de pessoas LGBTQ+, principalmente de travestis e transexuais e, de fato, o requinte de crueldade chama muita atenção. Confesso, que eu ainda custo a acreditar que um ser humano toma a iniciativa de tirar a vida de outra pessoa, pelo simples fato da existência dela. A gente ainda precisa avançar muito na perspectiva dos direitos das pessoas LGBTQ+,das pessoas travestis e trans principalmente e, na garantia da cidadania dessa população, que continua desguarnecida de políticas públicas adequadas, do papel do estado garantindo esse cuidado e essa proteção à essas pessoas. Com o descuidado e o desserviço deste atual governo à impressão é de total impunidade. Lamenta.Para ajudar a Rebeka a custear o tratamento, as despesas com advogados, e insumos bem como na sua alimentação diária.

 

Bradesco S.A

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CPF/CNPJ : 07524592442

 

 

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