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Festival Arte Pela Democracia
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Vaquinha criada em: 18/11/2019

Pelo direito ao direito da cultura

Nós entendemos que a cultura só germina em terreno fértil e diverso e, qualquer tipo de censura à cultura é a morte de um povo. Subtrair a cultura limitando sua plena expressão ou transforma-la em mera mercadoria é abrir mão de nossa liberdade. Cultura é direito de todo cidadão para que sua identidade seja preservada e não fique sujeita a reproduções colonizadas. Cultura é o que nos faz únicos e nos faz reconhecidos no mundo, por isso, plurais e, cada vez que governantes desprezam isso, a barbárie avança devorando a plena expressão da liberdade humana.

Com base nisso nós, trabalhadorxs da cultura, estudantes, educadorxs e coletivos artísticos do de Porto Alegre (ou Rio Grande do Sul), diante da consolidação do golpe político-jurídico-midiático de 2016 que anulou os nossos direitos de cidadania e que com as eleições subsequentes sedimentou uma agenda em nível nacional, estadual e municipal de desmonte das políticas públicas e principalmente das questões culturais e do direito de livre manifestação do povo, com diversas ações de censura praticadas de distintas formas baseadas em preconceitos e por divergências políticas, atacando fortemente a constituição de 88.

NÃO RECONHECEMOS ESTES DESGOVERNOS CONTRA O POVO E CONTRA O BRASIL! Não compactuamos com uma estrutura governamental composta majoritariamente por homens brancos cisgêneros e heterossexuais, fundamentalistas religiosos e intolerantes com a diversidade, para os quais a nossa existência é uma ofensa. 

Somos mulheres, homens, cisgêneros, transgêneros, interssexuais, homossexuais, heterossexuais, bissexuais, assexuadxs, pansexuais, adultxs, crianças, idosxs, adolescentes, negrxs, brancxs, estrangeirxs, refugiadxs, quilombolas, Guaranis, Charruas, Kaingangs, vermelhxs, amarelxs, mulatxs, mamelucxs, cegxs, surdxs, loucxs, batuqueirxs, pagãxs, cristãxs, judeus, espíritas, muçulmanxs, ateus, do campo, da cidade, das matas, altxs, baixxs, gordxs, magrxs, saradxs, feixs, sujxs, belxs, população em situação de rua. Somos tudo isso e, ao mesmo tempo, somos o que somos: inclassificáveis. 

Tão logo tomaram posse dos cargos, extinguiram diversos ministérios como o Ministério das Comunicações, do Desenvolvimento Agrário, da Igualdade Racial e Direitos Humanos, das Mulheres, do Trabalho e da Cultura, órgãos estratégicos para a garantia das políticas públicas e direitos sociais. E tantos outros absurdos golpes deferidos contra a liberdade de expressão e das políticas culturais que se tornam cada vez mais instrumento de controle da população.

Hoje não temos nada a comemorar, pois entendemos a cultura como a própria forma como se organiza uma sociedade em suas dimensões simbólica, social e econômica. E hoje é esta forma que está ameaçada: a nossa livre expressão, o nosso direito de ser.

Motivadxs por todo esse contexto devemos nos unir em um Movimento de Ação em Defesa da Cultura, hoje pulsante em diversos os estados do Brasil. E, no dia 03 de dezembro lançamos o Fórum de Ação Permanente pela Cultura de Porto Alegre, para não só resistirmos mas agirmos neste momento que clama por organização e mobilização popular com alegria e com cultura! Eles não aguentam a cultura, o amor, a diversidade de a ALEGRIA!

Como disse Caetano Veloso na sua manifestação junto ao STF sobre algumas medidas do governo federal, declarou:

"É o direito do público, do espectador ter acesso a ideias variadas, inclusive aquelas diferentes da q ele já conhece e aprova. 

E aí na autonomia do público, do seu direito de ser exposto ao novo, ao desconhecido, q reside a importância cultural da liberdade de expressão."

E na cidade de Porto Alegre percebemos à total mercantilização da nossa cidade e principalmente da privatização dos espaços públicos cerceando nossa livre manifestação, fechando centro culturais para depois vende-los a iniciativa privada para gerenciar o local, criando também uma barreira financeira para a fruição da arte e da cultura, basta de desmanche de uma política cultural modelar para o mundo, basta das privatizações dos espaços públicos, basta da censura financeira e institucional.

Não somos nós que queremos o fim da cultura! 

Não aceitamos mais nenhum retrocesso! Queremos a retomada e o avanço dos programas político-sociais extintos por esse governo fundamentalista! Queremos os nossos direitos, a nossa cidadania, não apenas garantir um valor monetário para um setor! Queremos de volta o direito de decidir as nossas vidas! Pela cultura da democracia e pela democratização da cultura! 

“Um homem roubado nunca se engana”

“Organizando posso desorganizar”

(Chico Science – Da lama ao caos)

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