Tamiru Demisse é um atleta paralímpico. Medalhista nos 1500m rasos da Paralimpíadas do Rio 2016, sua marca também ganharia a medalha de Ouro nas Olímpiadas do mesmo ano. Realizou um gesto cruzando os braços após passar a linha de chegada, representando um protesto contra o governo da Etiópia, seu país de origem. Isso foi em defesa ao povo Oromo, mais Etnia da Etiópia, oprimida há anos por causa de conflitos plíticos e disputas sobre a posses de terrar. Mais de três mil pessoas da Etnia Oromo já perderam suas vidas nesses conflitos. Muitas pessoas estão sendo reprmidas sob a forma de tortura e aprisionamento.
Hoje o Tamiru é um atleta refugiado no Brasil e esta treinando com a seleção brasileira paralímpica, em São Paulo. Porém, ele recebe somente 85 reais por mês. Sem patrocinios, sem apoios mensais, Tamiru mora na república da equipe dele, e vive com a ajuda de amigos. Outro dia ele estava correndo descalço, e quando perguntamos, descobrimos que ele estava "economizando" o tênis, já que só tinha aquele há mais de três anos. Compramos algumas roupas e tênis, mas sabemos que isso não acaba aí. Tamiru pode demorar mais 2 anos para se naturalizar brasileiro, e por isso, não pode receber nenhuma bolsa atleta do governo. Nós, atletas que treinamos com o Tamiru, nos organizamos e resolvemos montar uma Vakinha para ele pensando numa quantia para ajudá-lo minimamente durante o ano.
Tamiru tem orgulho de dizer que se sente brasileiro. Menino de sorriso fácil, talento absurdamente grande e um coração incrível, ele nunca reclama da situação dele, mas sempre agradece pelas vida e carinho que recebe. Contamos com a sua ajuda para que ele possa se manter no Brasil. COmpartilhem, chamem amigos, qualquer quantia ou apoio/patrocínio é sempre muito bem vindo! #SOMOSTODOSTAMIRU
.