Um caso chamou nossa atenção em setembro do ano passado. Uma senhora simples foi ao banco e contraiu um empréstimo para construir um cômodo em sua casa para abrigar os gatos que vivem nas proximidades do Estacionamento Maxipark unidade do Metrô Bresser. A empresa que arrendou recentemente o espaço da Companhia do Metropolitano de São Paulo, exigiu a retirada dos gatos. As protetoras ficaram desesperadas. Saíram a procura de ajuda.
Enviamos um comunicado por e-mail para o Depto. Jurídico da empresa alertando sobre a gravidade da sua postura e pedindo comedimento em suas ações. A Lei 9605/98 em seu artigo 32 foi citada em nossa comunicação.
A resposta da Maxipark abaixo:
“A empresa foi obrigada a indenizar os usuários tendo gasto cerca de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) em reparos de veículos arranhados pelas unhas dos gatos … os gatos precisam ser retirados do estacionamento … não são responsabilidade da Maxipark, são responsabilidade da comunidade … Estamos à disposição para agendar a reunião com vistas à remoção dos gatos do local."
Diante dessa situação resolvemos adotar a seguinte estratégia: solicitar para o Metrô autorização de acesso às dependências que circundam o estacionamento e pertencem ao Estado. Nessas áreas atrair os gatos, capturá-los, castrá-los, imunizá-los contra raiva e condicioná-los, após a devolução, a comer em local distante do estacionamento.
Dessa maneira poderemos harmonizar; fazer com que convivam bem e pacificamente as protetoras, os gatos, o Metrô e a empresa de estacionamento.
Para maior agilidade no processo solicitamos gentilmente ao gabinete do deputado Roberto Trípoli (PV/SP), o envio de um ofício para a Presidência da Companhia do Metropolitano de São Paulo. Fomos atendidos prontamente pelo deputado e hoje (20/01/2017) a área de segurança e patrimônio do Metrô nos autorizou a praticar controle ético de gatos em suas dependências.
A colônia não é pequena e o número aproximado de gatos pode chegar a 30. Precisamos de recursos para a execução da parte mais delicada do plano, as capturas e esterilizações. Os custos de quem comanda uma ação de CED são basicamente a contratação de capturadores e as castrações minimamente invasivas. Transporte também conta.
Nos ajude a controlar essa colônia e evitar mais sofrimento. Qualquer quantia é boa e vale muito para nossa ação.
Sua contribuição vai salvar vidas de sencientes. Nossos amigos, nossos irmãos, os bichos de rua.
DEFINIÇÃO DE CED
Método criado na Inglaterra na década de 1950 pela ativista Ruth Plant e que consiste em identificar uma colônia de gatos de rua e capturar os animais com armadilhas seguras, transportando-os para uma clínica onde serão castrados com técnica minimamente invasiva por médicos veterinários capacitados. Após a esterilização, o agente de CED devolve os gatos totalmente recuperados da cirurgia para a colônia.
Esse é o processo de controle ético de gatos de rua aceito mundialmente por sua forma rápida, sustentável e pouco traumática para os gatos.
Efeito vácuo (Pesquisas em diferentes países demonstram que ações de captura, retirada e mesmo morte dos animais, além de contarem com reprovação social mostraram-se ineficazes, pois não atuam nas principais causas do problema: a procriação descontrolada, o abandono contínuo e a falta de informação das pessoas. Sabe-se hoje, por exemplo, que a simples retirada de colônias de felinos não elimina a sua presença em uma localidade. Outros rapidamente ocupam aquele espaço pelo chamado “efeito vácuo”. Por serem territoriais, gatos geralmente constrangem a chegada de outros felinos. Logo, castrar a colônia e os novos animais que conseguem se aproximar, e deixá-los em seu território, quebra os ciclos de repovoamento. O método CED, incluindo-se chipagem e vacinação, é definitivo, eficaz e mais barato que as repetitivas e infrutíferas tentativas de expulsão dos animais).