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SOS SUPER BORELLI

ID: 4793876
SOS SUPER BORELLI
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Vaquinha criada em: 13/05/2024

SOS SUPER BORELLI - NOVO ESTEIO

Moradores e empresários de Novo Esteio, bairro situado ao redor da Expointer, na cidade de Esteio (RS), Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), tiveram suas famílias, casas e negócios devastados (as) pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul e precisam de ajuda.

 

RESUMO:

Pessoal, infelizmente, o nosso mercado Super Borelli, que por anos foi um ponto de sustento para a comunidade de Esteio, foi duramente atingido pela enchente que assolou o nosso bairro. Diante desse cenário, queremos unir esforços para ajudar não só a nós mesmos, mas também a todos os que contam conosco para se reerguer.

Perdemos mais de doze toneladas de alimentos. Por isso, lançamos uma vaquinha virtual, disponível aqui neste post e em nossa bio. Mas não se trata apenas de um pedido de doações. Queremos que cada contribuição se transforme em algo maior.

Ao doarem, o valor será usado da seguinte forma:

- para reconstrução do mercado (pois frizers, armários, câmara fria, computadores, balanças, móveis, etc. foram danificados);

- para reposição de mercadorias;

- para compras diretamente do nosso estoque no Super Borelli e essas compras serão doadas a pessoas da comunidade que também foram atingidas. A ideia é: em vez de realizar suas compras em outro mercado ou supermercado para então doar, você estará apoiando diretamente o nosso mercado e a nossa comunidade e garantindo que possamos nos reerguer juntos. Você doa qualquer valor na nossa vaquinha -> esse valor se transforma em uma compra de alimentos no nosso supermercado -> e esses alimentos serão destinados às famílias aqui da nossa comunidade. 

 

Contamos com a sua solidariedade e apoio nesse momento difícil. Cada gesto de ajuda é um passo em direção à reconstrução do que foi perdido. Obrigado por fazer parte dessa corrente de solidariedade e esperança.

Infelizmente, não adianta doar para pix ou vaquinhas de governos porque o dinheiro não vai chegar à população. Faça doação consciente! Adote um empreendedor, uma rua, um bairro, uma cidade. Espalhe essa iniciativa para que os recursos financeiros cheguem realmente a quem precisa. O povo gaúcho agradece!

 

RELATO DO OCORRIDO:

“Ao ver meu marido com as mãos sobre a cabeça com os dedos entrelaçados e as palmas das mãos voltadas para cima, com os olhos cheios de lágrimas, dói em meu peito algo que não consigo explicar. Ele que tantas vezes foi forte o suficiente para comandar a coluna do Norte e também a coluna do Sul no dia 3/5/2024 estava desnorteado. 

Desde o dia 3/5/2024 só sinto um aperto no peito. Uma mistura de choro, angustia, dor, raiva ... sentimentos misturados e complicados de definir. Neste dia durante o início da tarde meu marido passava por momentos bem complicados.

O bairro Novo Esteio, em Esteio/RS é um bairro tranquilo, de gente boa. O bairro já passou por algumas enchentes pontuais que nunca se aproximaram do mercado. 

Neste dia 3/5/24 quando as águas começaram a subir meu marido começou a movimentar pessoas e seus pertences para fora do bairro, nas ruas que normalmente alagam. Fez inúmeras viagens, mas jamais pensou que esta mesma água entraria em seu mercado, pois nunca entrou. Foi quando recebeu uma ligação de sua irmã dizendo vem para o mercado, pois a água está entrando aqui. No retorno ao mercado, as ruas já com água alta, se infiltrando no carro percebeu que era uma enchente diferente. Ao chegar ao mercado viu seu irmão tentando consertar a porta que o movimento da onda já tinha danificado, a sensação era de desespero, água dentro do mercado subindo muito rápido, já tinha uma força tarefa de amigos e funcionários subindo as mercadorias para as últimas prateleiras.... mas força essa que parecia não vencer a força da água... quando se deu conta a água já estava acima da cintura em um homem de 1,80. Olhou para sua irmã e disse vamos sair daqui senão não conseguiremos nem abrir a porta para sair. Subiram o que foi possível e tentaram sair do mercado, uma luta incansável e uma sensação de impotência.

No trajeto alternativo e confuso de como sair do bairro o desespero e o que se viu parecia um filme de guerra. 

Ele chegou em casa, molhado até o peito, ao contar tudo que viu imaginei que era apenas um pesadelo, torci muito que fosse, ainda neste instante enquanto escrevo este relato choro e torça que eu acorde, mas infelizmente esse momento não acontece. Eu não acordo, porque não estou dormindo, é o pesadelo de um bairro, de uma cidade de um estado. Está no rádio, nas redes sociais, na tv, na internet, no mundo....

 O choro vence, vence o desespero, vence o inalcançável, vence a perda, vence a impotência, neste dia acho que venceu até a chuva.... São anos de luta para ter uma vida digna, não somos de família abastada, somos de família lutadora. Nossos exemplos de vida, nossos pais; são guerreiros vindos do interior do estado onde nos ensinaram a trabalhar e trabalhar com honestidade para receber por mérito. Nós só sabemos Trabalhar. Quem nos conhece sabe que o nosso Trabalhar é com “T” maiúsculo, não tem hora, não tem dia, não temos medo do trabalho, nunca tivemos. Mas desde este dia tenho raiva, tenho medo de termos escolhido ser Empresário. Empresário no Brasil é aquele que luta, luta e luta. Luta para criar, luta para crescer, luta para pagar impostos, luta para investir, luta por si e por aqueles que emprega, mas não tem incentivo algum; em muitos casos é tratado como criminoso por lutar para crescer.

Nessa turbulência toda, impossibilitado de entrarmos no mercado e vendo que todos nossos vizinhos do bairro, nossa cidade e nosso estado estava naquele mermo barco afundado que nos encontrávamos resolvi entrar na ajuda porque as pessoas estavam sem casa, sem roupas (muitos saíram somente com roupas do corpo), sem alimentos, sem água e desnorteados. Então resolvemos pegar doações de roupas, agasalhos, água, colchões em Porto Alegre e levar para Esteio e Canoas que estavam inundadas e quase sem acesso. Fizemos muitas viagens pegando doações em Poa e levando para quem precisava. Agradeço muito ao Colégio Pastor Dohms, Spartano Skatepark e a AMRIGS onde pegamos doações e levamos a abrigos em Igrejas e pavilhões. Também agradeço muito aos grupos de whatsapp que prontamente ajudaram, respondiam cada um do seu jeito informando estrada para passar, passei horas interligando quem queria doar com quem precisava de doação e o que precisava. Nunca imaginei tanta conexão com pessoas que eu nem conhecia pessoalmente. Passamos uma semana fazendo isso e o horizonte parecia não mudar, uma tragédia atrás da outra. A sensação é de desastre total, terra arrasada.

Quando a gente vê as pessoas desnorteadas, sem casa, sem roupa, sem seus pets, que o trabalho de uma vida a enchente levou o choro é bem maior. Tu não ter mais para dar dói no peito. 

Os dias passam e a água não baixa. Entrar no mercado somente com água no peito meu cunhado tentou algumas vezes para ver se conseguia salvar algo mais, mas a água não deixou. Só conseguimos entrar efetivamente dentro do mercado no dia 11/05. Neste dia lágrimas não tinha mais, mas elas brotaram novamente. Tudo se perdeu, TUDO, com todas as letras maiúsculas. Ao entrar no mercado havia uma mistura de tudo no chão: barro, produtos, água, tristeza e uma vida de luta por uma vida digna. O cheiro é insuportável, pois havia uma câmera fria cheia de carne para comemorações de dia das mães, uma padaria cheia de pães que alimentariam o bairro por dias e dias..... tudo perdido, podre, fermentado e estragado. A dignidade é tomada pelo desespero, a destruição acaba com os sonhos, com a luta de uma vida... Olhei para meu marido, para meu filho e pensei ou sento e choro sem parar, fecho as portas e saio correndo ou iniciamos a limpeza. Em meio ao choro iniciamos a limpeza, foram chegando parentes, amigos e conhecidos para ajudar e ainda estamos nessa luta.

Muitos vizinhos perderam TUDO também, com as mesmas letras maiúsculas que perdemos o mercado. Ver vizinhos, amigos, funcionários entrando no bairro com água em alguns lugares ainda na cintura é desolador, tentando ver o que sobrou, conhecidos que tiveram enfarto ao ver o que sobrou é triste, é uma dor insuportável. Na verdade, eu não sei definir essa DOR. Achei que sabia, mas confesso que não sei, pois não é uma dor minha apenas é uma dor de um BAIRRO INTEIRO, de um ESTADO.

Ao relatar o que estava acontecendo para amigos e parentes que não moram no RS eles sugeriram fazer uma vakinha. Ao mostrarmos fotos e vídeos do mercado o desespero se espalhou e o acolhimento a nós também. Nesta hora ao ver nossos filhos, nossos parentes, nossos amigos, nossos conhecidos, nossos fornecedores e outros empresários torcendo e nos dando força para sobreviver a tragédia resolvemos tentar sair do fundo do poço (pois é assim que nos sentimos) e tentar retomar o nosso TRABALHO. Ao buscar ajuda das tais verbas do Estado nos deparamos não com uma ajuda ao empreendedor que perdeu tudo, mas com ofertas de empréstimos com taxas abusivas pelos bancos. Você já está na desgraça (na merda) então pera aí que eu te enterro diz o Estado. 

Neste momento percebemos que ninguém quer que tu prospere, só quer que tu mantenha os pagamentos dos impostos.

Estávamos tão desnorteados que não sabíamos nem por onde começar, foi aí que meu sobrinho e nora, meus filhos, meus irmãos, nossa família e amigos sugeriram a vakinha solidária. 

Mas pensei assim só entre os amigos não conseguiremos um valor tão grande para reconstrução, quem mais poderia ajudar? Foi quando me dei conta que transportei tanta coisa doada por pessoas, empresas que não conheço para tantas outras pessoas que também não conhecia única e exclusivamente com a função de ajudar, porque não conseguiríamos empresários que pudessem nos ajudar também. O que para alguns é pouco, para nós o mercado é o sustento da nossa família e de todas as famílias de nossos funcionários. Além de alimentar e ser o mercado do bairro Novo Esteio. Então resolvi convencer meu marido a fazer a vakinha.

Sabendo que todos os irmãos e amigos de meu marido sabem que o trabalho se inicia ao meio dia e se encerra a meia noite então pedimos humildemente AJUDA.”

Dias de ajudar:

 

Dia do desespero:

 

 

Se você é uma empresa e deseja ser apoiadora oficial da campanha, entre em contato conosco pelo e-mail amauri@superborelli.com.br

Você também pode contribuir via Pix usando a chave: 4793876@vakinha.com.br
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