CONSEGUIMOS! MUITO OBRIGADA PELO APOIO! Sou Fabiana Pinto, estudante da graduação de Saúde Coletiva, da UFRJ e fui selecionada pelo Instituto Global Attitude e o programa Diplomacia Civil, para representar o Brasil junto a outros jovens na Global Conference on Primary Health Care da Organização Mundial da Saúde (OMS), que acontecerá em outubro na cidade de Astana, no Cazaquistão, em comemoração a primeira edição dessa importante conferência, ocorrida a 40 anos atrás em Alma-Ata. O programa, bem como a viagem precisam ser custeados pelos participantes. O valor para viagem é alto e infelizmente, como tantos outros jovens do ensino superior do Brasil, a falta de recurso financeiro é meu principal obstáculo para conseguir participar do programa e desse grande evento da saúde pública internacional.
Para explicar o porquê preciso de seu apoio, escolhi contar uma breve história da minha vida e minha trajetória junto à Saúde Coletiva e a Saúde Pública, para que você entenda como cheguei até aqui, para onde estou querendo ir e porquê sua ajuda é tão importante para mim. Sou de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Estudei na escola técnica estadual Fundação de Apoio à Escola Técnica Estadual (FAETEC), em Quintino durante todo meu ensino médio e aos 17 anos ingressei na Universidade Federal do Rio de Janeiro, no curso de Nutrição. Durante a Nutrição pude integrar diversos projetos de promoção de saúde de idosos ou ainda, projetos fora do âmbito acadêmico, como a Revista Capitolina, onde escrevi por 2 anos e pude durante aquele período participar de rodas de conversa, atividades com meninas e jovens mulheres, debatendo feminismo, feminismo negro, o papel da mulher em nossa sociedade, política e tantas outras questões que nortearam a minha militância enquanto feminista negra, lançando em 2017 o livro "Capitolina - O poder é das garotas", em co-autoria com outras mulheres, trata-se um livro destinado à meninas e jovens mulheres, lançado pela Editora Seguinte, da Companhia das Letras, onde discuto tradiação oral como forma de preservação de culturas e práticas culturas em nosso país.
Roda de conversa Mulheres Mobilizadas - Rio de Janeiro, 2016
Roda de Conversa "Mulheres Multidão", em comemoração ao Dia da Mulher - Rio de Janeiro, 2016.
Roda de conversa da Agora Juntas. Rio de Janeiro, 2017.
Apresentação do livro Capitolina na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2017.
Roda de conversa "Web ativistas com Marielle Franco". Rio de Janeiro, 2017.
Campanha #MulheresNegrasDecidem da Rede Umunna, por mais mulheres negras na política. Rio de Janeiro, 2018.
Desde então, participo de diversas articulações de mulheres negras, feministas, movimento estudantil da Saúde Coletiva e movimentos contra os cortes no SUS, na pesquisa e educação em nosso país. Em 2016, ingressei na graduação de Saúde Coletiva, curso pelo qual me apaixonei desde o primeiro dia. Encontrei nessa nova, mas tão potente graduação, os desejos e ideais pelos quais sei que vale a pena se lutar. Venho construindo junto aos meus colegas não apenas minha formação enquanto acadêmica e sanitarista, mas também minha formação cidadã. A Saúde Coletiva como projeto de sociedade que, tanto falamos em nossa graduação, passa não apenas por instituições de ensino ou pesquisa, mas por todas as esferas de nossa sociedade, desde a comunidade acadêmica, os profissionais de saúde, usuários dos serviços de saúde e todos que defendem a saúde pública de qualidade, através de muito trabalho com afeto, cuidado e engajamento para se fortalecer nosso sistema de saúde.
Encontro de Jovens em Defesa do SUS - Belo Horizonte, 2017. Em 2017 ainda no segundo período da graduação de Saúde Coletiva, consegui uma bolsa de Iniciação Científica na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para participar do projeto de pesquisa sobre a História da Atenção Primária à Saúde no Brasil. Em minha pesquisa, me dedico a estudar o processo de construção da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), uma política importante para nosso sistema de saúde, fruto de anos de lutas de movimentos sociais e inúmeros esforços e sacrifícios.
No mesmo ano, pude ficar um grande período estagiando também no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), onde vivenciei a atenção primária à saúde na prática e então me encantei ainda mais pelo meu tema de estudo e meu futuro ofício de sanitarista. A atenção e cuidado que as equipes tratavam a população, como resolviam os mais diferentes problemas em um piscar de olhos, a gestão do cuidado sendo feita com tanto afeto e respeito, me fizeram perceber que eu queria, sem sombra de dúvidas, dedicar minha vida a atuar e fazer pesquisa na atenção primária à saúde.
Roda de conversa com profissionais da Clínica da Família Victor Valla. Rio de Janeiro, 2017.
Profissionais do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (ENSP/Fiocruz), durante o estágio em Coordenação do Cuidado. Rio de Janeiro, 2017.
Naquele ano apresentei os trabalhos que foram fruto da minha pesquisa e período imersa no campo em semanas científicas, seminários e congressos, além disso, pude construir e discutir não apenas como as políticas de saúde eram construídas e implementadas em nosso país, como também quais eram os limites delas em nossa prática cotidiana nos serviços de saúde no cenário em que vivemos no Rio de Janeiro, e nesse caso, minha pesquisa proveniente do campo de estágio se debruçou exatamente nos impactos da violência para a efetivação da estratágia de saúde da família.
Apresentação de trabalho durante a Semana Científica do Hospital Escola São Francisco de Assis (UFRJ). Rio de Janeiro, 2017.
Já em 2018, mais uma vez me vi imersa na construção do movimento em defesa do SUS e da Saúde Coletiva. Participei da construção de dois grandes eventos da Saúde Coletiva em âmbito nacional sendo um deles, o 8º Encontro Nacional de Estudantes de Saúde Coletiva (ENESC), que ocorreu na UFRJ e o outro, o 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (ABRASCÃO 2018) em que atuei na Subcomissão de Mobilização Social, além de participei da mesa "Formação em Saúde e Movimentos Sociais", discutindo a importância de experiências de articulação e construção entre movimentos sociais para os processos de formação em saúde tanto na graduação, quanto na pós-graduação.
Reunião da Subcomissão de Mobilização Social, para a organização do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2018.
Reunião de estudantes e discentes da Saúde Coletiva de todo o Brasil. Rio de Janeiro, 2018.
Encontro Nacional de Estudantes de Saúde Coletiva, mesa "Políticas de austeridade e seus impactos no SUS". Rio de Janeiro, 2018.
Reunião do Fórum de Graduação em Saúde Coletiva da Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2018.
12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, mesa "Formação em Saúde e Movimentos Sociais". Rio de Janeiro, 2018.
Venho economizando desde que soube da minha aprovação no processo seletivo, mesmo assim minhas economias não serão suficientes para custear uma viagem como essa. Por isso decidi não desistir e acreditar que é possível sonharmos para além dos muros que tantas vezes nos prendem e nos impedem de realizar novas conquistas. É com esse espírito de luta coletiva e solidariedade, que a Saúde Coletiva e o movimento de mulheres negras me ensinam diariamente, que venho pedir sua colaboração. Peço que doem para essa campanha, compartilhem com amigos próximos e me ajudem a dar mais esse grande passo na minha formação de sanitarista.
AbraSUS de luta,
Fabiana Pinto Fernandes
Se quiserem saber mais sobre minha campanha, sobre a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde ou qualquer outra informação, entre em contato comigo via e-mail (fabiana.pintof@gmail.com) ou pelo Whats App (021 98888 2588).
TODA E QUALQUER AJUDA É BEM VINDA!