Memórias do Sapateado do Samba Julho/2019 ─ Munique Mattos Cnpj: 15.811.948/0001-02 Rua Francisco Muratori, 15 Rio de Janeiro, RJ, 20230-080 Visão geral O que é? O presente projeto é A segunda edição de um EVENTO, em formato de RODA DE CONVERSA E SAMBA que tem como objeto de CONVERSAÇÃO e REFLEXÃO, o SAPATEADO DO SAMBA. O que foi? No ano de 2018 foi realizado a primeira edição do evento MEMÓRIAS DO SAPATEADO DO SAMBA na casa Porto, RJ. O formato, uma roda de conversa, samba, Jongo e Côco, contou com as presenças e falas de importantes personagens da cultura do samba e da cena da dança carioca: Carlinhos de Jesus, Steven Harper, Zeca Ligiéro, Renato Barreto compuseram a mesa de conversa que também contou com as falas femininas de Sônia Vasconcelos, Rafaeli Mattos, Jéssyca Castro e Munique Mattos. O que será? Nessa segunda edição do ano de 2019, já temos como nomes confirmados para roda de conversa: Raquel de Valença, do Império Serrano pensadora da cultura do sambam; e o músico Luís Filipe Lima, produtor musical do documentário SAMBA NO PE, sobre o sapateado do samba. Estes é outros nomes, dialogam sobre o documentário SAMBA NO PE, único DOC sobre o sapateado do samba que teve argumento de Elton Medeiros. Para roda de samba, 6 músicos apresentando nossa pesquisa de repertório de sambas autorais é consagrados que abordem o sapateado e/ou suas questões. E para abrilhantar ainda mais nosso evento, performances de sapateado, jongo é côco. Como? O projeto será possível a partir de parcerias e financiamento coletivo. Também, venderemos camisa, copo e botton com a logo SAPATEADO DO SAMBA e após o evento em outra data e local, serão oferecidas oficinas das linguagens apresentadas pelo evento: sapateado do samba; jongo; côco;dança afro e samba de roda.
Objetivos Neste ano de 2019, desejamos realizar a segunda edição dessa roda de conversa, em Julho de 2019, ainda contando com oficinas e performances acerca do tema sapateado do samba. A data foi especialmente pensada para homenagear ELton Medeiros, sambista, compositor e sapateador do samba que eternizou saberes dessa arte num curta documental intitulado “Samba no Pé”, sendo este filme um dos raros documentos sobre essa linguagem pouco conhecida, divulgada e por isso mesmo escassa nos dias atuais.
Especificações O formato de Julho de 2019, então, se nos passos a seguir: Memórias do Sapateado do Samba Valor: Contribuição consciente 2. transmissão do Filme : SAMBA NO PÉ 3. Roda de Conversa. -Tema: Memórias do sapateado do Samba, origens e assuntos possibilitados por essa memória. -Na roda de conversa, baluartes e personagens da dança do miudinho, além de intelectuais da dança e cultura, como: Rachel de Valença e Luís Filipe Lima. 4. Roda de Samba + Performances: sapateado, Jongo, côco e samba de roda. -A Roda de samba contará com um repertório condizente ao tema, com muito partido-alto e sambas autorais e consagrados que dialoguem com as discussões do sapateado do samba. -Intercaladas na Roda de Samba, as performances de artistas que apresentam a pisada percussiva como Linguagem.
5. Pós produção: Feitura de um teaser sobre o evento com seus respectivos agradecimentos de apoio e parcerias.
lINKS E MATERIAL GRÁFICO DO ANO DE 2018:
Teaser 2018:https://www.youtube.com/watch?v=-XPqEkZt_vA face:https://www.facebook.com/Sapateado-do-Samba-212670689494670/ Instagram: SapateadoSamba matérias: http://artecult.com/2018-memorias-do-sapateado-do-samba/ https://sambrasil.net/roda-de-conversa-e-samba-resgata-memorias-do-sapateado-do-samba/
Um pouco mais sobre o que é conceitualmente nosso evento, sobre o samba e a idealizadora do projeto :
O que é?
Memórias do Sapateado do Samba é um evento que celebra o sapateado e que, a partir deste, desperta memórias do samba, sendo elas históricas ou sociais, e traz um olhar crítico sobre aspectos que desvalorizam essa cultura.
Nós bem sabemos como a cultura brasileira vem sendo forjada ao longo dos séculos. Os brasileiros têm histórico de importar cultura ao invés de promover a já existente no nosso país. Em decorrência disso temos como referência de sapateado uma dança norte-americana, dos filmes de Hollywood e musicais da Broadway, sem atentar ao nosso sapateado brasileiro.
O ato de batucar com os pés e tirar som por meio da percussão corporal é quase que natural a todos os povos, cada um da sua maneira. Se voltarmos na história do nosso país e lembrarmos dos rituais indígenas já percebemos uma maneira bem particular de lidar com a terra. O bater dos pés remete a uma ligação muito antiga com a terra, com nossos ancestrais, e a dança sempre foi uma maneira de honrar isso. Ou seja, atualmente no Brasil podemos citar o jongo, o coco e o samba, por exemplo, como manifestações culturais de forte ligação com o que se tem como “sapateado”.
Através do Sapateado do Samba pretendemos buscar as origens do que seria o nosso sapateado, o nosso “bater dos pés”, e reverenciar os mestres dessa arte no Brasil. Portanto, para começar o projeto vamos buscar pelas raízes do samba carioca, com suas características genuinamente locais.
Sobre o Samba
O samba é considerado por muitos críticos de música popular, artistas, historiadores e cientistas sociais como o mais original dos gêneros musicais brasileiros. Sua história nos traz o registro de uma imensa mistura de ritmos e tradições que atravessam a história do país.
O samba originou-se dos antigos batuques trazidos pelos africanos que vieram como escravos para o Brasil. Esses batuques estavam geralmente associados a elementos religiosos que instituíam entre os negros uma espécie de “comunicação ritual” através da música, da dança e da percussão.
A partir do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, que havia se tornado a capital do Império, também passou a comportar uma leva de negros vindos de outras regiões do país, sobretudo da Bahia. Acredita-se que, nesse contexto, o samba carioca tenha começado a se formar à partir da influência de ritmos da Bahia somado aos ritmos musicais aqui já presentes. Foi nessa ambiência que as primeiras rodas de samba apareceram, misturando-se os elementos do batuque africano com a polca e o maxixe.
O samba, por isso, é reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade e foi tombado pelo IPHAN no ano de 2007, a partir de um Dossiê observando sua presença e complexidade, não somente para o carioca, mas para nossa humanidade. Assim fica claro que o samba nos conecta com uma complexa ancestralidade primeira, humana, e que nos remete ao fundamento contar, cantar, dançar e batucar.
Idealizadora do Projeto
Munique Mattos de Oliveira Bastos, mais conhecida como Munique Mattos, é a idealizadora do Sapateado do Samba. Bacharel em dança pela UFRJ e formada atriz pela Escola técnica Martins Penna. Artista, mulher, carioca, compositora, bailarina, sapateadora e apaixonada pelo samba. A partir de uma pesquisa pessoal, Munique uniu alguns de seus maiores amores no que se tornou o seu “Sapateado do Samba”. Nele vê-se a dança contemporânea, a dança popular, a música, a brincadeira de criança, o sapateado americano e, claro, o samba. Ainda durante a pesquisa, Munique desenvolveu uma sandália especial que remete às sandálias usadas no samba de gafieira mas que adaptada para o sapateado, no tocante ao som que ela emite, e desde então Munique vem performando sua história e sua pesquisa pelas rodas de samba da cidade do Rio de Janeiro.
Em 2007 Munique começou a levantar a questão do Sapateado do Samba dentro da companhia Arquitetura do Movimento, através da Trilogia de Espetáculos do Samba. Em 2012 performou no Festival Expo Samba, em São Paulo, com música corporal e sapateado sambado, e foi lá que conheceu os sambistas Samba na Fonte, que fazem parte do movimento de compositores da Lapa, espaço onde hoje Munique defende os próprios sambas e estuda o sapateado do samba.
Em 2018 idealizou e produziu o evento Memórias do Sapateado do Samba, uma roda de conversa e samba sobre esse sapateado típico da cultura do samba. essa roda contou com as falas de Zeca Ligeiro, renato barreto, Steven Harper, Carlinhos de Jesus, Jessica Castro, Sônia Vasconcelos, Rafaeli Mattos.