Aos 24 anos, prestes a cursar o último semestre de medicina veterinária, recebi a
notícia que ninguém quer receber. Fui diagnosticada com Adenocarcinoma de
Intestino Delgado, um tumor raro que acomete a primeira porção do intestino. Após
a primeira cirurgia, para retirada do tumor primário, foi determinado que o tumor
já estava no grau IV e havia se espalhado para o mesentério e peritônio. O
tratamento seguiu-se com 11 sessões de quimioterapia, interrompidas
precocemente devido à toxicidade. As tomografias e exames sequentes não
mostraram metástases em nenhum órgão, mas foi preciso realizar uma biópsia no
abdômen para garantir que todas as células tumorais haviam desaparecido. Mas não
desapareceram. Os pequenos nódulos do peritônio persistiam, visto que a
quimioterapia convencional não consegue chegar até lá pela falta de vasos. Por falta de estudos desse tipo de tumor, a
minha opção seria seguir a quimioterapia intensa para tentar controlar a
disseminação desse tumor, sem chance de cura. Entretanto, meus médicos tem uma
proposta. Realizar uma cirurgia relativamente nova que poderia me trazer a cura
ou pelo menos algum tempo sem quimioterapia. A técnica é a citorredução
associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, um procedimento de 12
horas, onde serão removidas partes do peritônio acometidas e órgãos ou parte
deles, incluindo ovários e intestino, seguida de quimioterapia em temperatura
elevada aplicada diretamente no abdômen e muitos, muitos dias de internação. Felizmente, até agora não tive gastos
exacerbados com o tratamento, que foi em grande parte coberto pelo plano de
saúde. Mas, se tratando de uma técnica nova e altamente complexa, ela não está
registrada na ANS – Agência Nacional de Saúde, não sendo oferecida por nenhum
plano de saúde ou pelo SUS. Todo o procedimento custaria R$ 150.000,00, com algum
desconto de materiais e diárias cobertas pelo plano de saúde. Como muitos
amigos já me disseram que querem ajudar, resolvi fazer uma vaquinha e o
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