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Quem somos
O Grupo Calundu é um grupo de estudos e extensão sobre Religiões Afro-Brasileiras. De caráter interdisciplinar, o grupo reúne estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasília, e pessoas da comunidade, interessados em leituras e debates sobre as religiões afro-brasileiras.
O Calundu além de promover reuniões de estudos periódicas, com o intuito de promover a temática, realiza eventos acadêmicos, rodas de conversas e debates com a comunidade afro-religiosa, elabora uma Revista semestral gratuita com caráter extensionista, e começa a desenvolver um projeto educativo.
O grupo existe há 3 anos, a maioria dos integrantes é praticante de religiões afro-brasileiras e possui uma postura militante contra todas as formas de racismo (intolerância religiosa, inclusive), misoginia, homofobia e todas as outras formas de violência e violação de Direitos Humanos.
Acreditamos ser importante levar nossa atuação e produção para além dos limites da Universidade de Brasília e, ademais no contexto brasileiro atual de cortes na educação, espalhar nosso trabalho também para fora do Brasil.
Resumos que serão apresentados no evento
O grupo Calundu recentemente teve um painel aprovado no Primeiro Encontro Continental de Estudos Afro-Latino-Americanos. Trata-se de uma grande reunião de pesquisadoras/es, que será realizada na prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América. O evento contou com uma seleção rigorosa de tópicos, trabalhos e pessoas. Certamente por nosso trabalho, pela força de nossa luta e, sempre, com a bênção de Nzazi/Xangô, fomos selecionados.
Nosso painel, intitulado “Desafios contemporâneos para o exercício de fé do Povo de Santo no Brasil” tratará de tradição afrorreligiosa e racismo religioso. No painel a ser apresentado no evento, resgatamos a história de adaptação e recriação de vivências afrorreligiosas por famílias de santo ao desde a chegada das e dos primeiros africanos escravizados a este país, com consequente formação das religiões afro-brasileiras, e, a partir disso, propomos um debate sobre os principais desafios contemporâneos enfrentados pelos terreiros no Brasil, para que seja garantida a liberdade de crença e todas as garantias subsequentes.
É de fundamental importância, especialmente em eventos de prestígio como este, discutir internacionalmente temas negros, marginalizados no Brasil e ainda mais vulneráveis no atual cenário de perda de direitos e desmonte de políticas sociais. Temas como o nosso vem continuamente perdendo espaço neste país, pelo que a internacionalização do debate se apresenta como uma alternativa importante e necessária para a sequência de nossas lutas por justiça.
Serão 4 pessoas do grupo Calundu que apresentarão os trabalhos no painel do evento.
Ariadne Oliveira – A Ariadne é estudante da área de Ciência Política e fez mestrado no curso de Direitos Humanos, e seu painel trará um panorama histórico das violências e perseguições sofridas pelos cultos afro-brasileiros e compreendendo, a partir dessas violências, como o racismo as estruturam. A ideia é fazer essa análise a partir de casos emblemáticos que expressam um panorama das variadas formas de discriminação e violações às religiões e cultos afro-brasileiros.
Nathália Fernandes – Nathália é estudante de Ciências sociais, faz doutorado em estudos latinoamericanos, o seu trabalho no painel, intitulado: “Chuta que é macumba: discriminação contra religiões afro-brasileiras, um debate entre intolerância e racismo religioso”, pretende trazer um breve panorama da criminalização histórica e prática discriminatória contra essas religiões no Brasil, explicitando as categorias: intolerância religiosa, discriminação e racismo religioso. Explicando ainda a relação entre o racismo presente na formação latino-americana e o fenômeno da discriminação contra as religiões afro-brasileiras nos dias de hoje.
Andréa Guimarães Ominfasina – Andréa é Egbomi do Centro Cultural Ore, Ilé Egbe Ifa, de Uberlândia-MG, professora de Direitos Humanos e defensora dos direitos dos povos de terreiro, e o seu trabalho no painel, com o título “Os direitos dos povos de terreiros na encruzilhada: o uso do atabaque e o meio ambiente.” Irá apresentar o histórico de violências e discriminações sofridas pelos povos de terreiro, em especial, o “Quebra de Xangô” movimento de perseguição religiosa ocorrido em 1912 na cidade de Maceió, e a continuidade dessas ações em recentes casos de racismo religioso sofridos pelas comunidades em todo o Brasil, que estão sendo impedidas de utilizar seus atabaques nos seus cultos pela alegação de perturbação do sossego ou “poluição sonora”.
Guilherme Nogueira – Tata Mub’nzazi – Guilherme é ogan e sociólogo, tendo feito seu doutorado na Universidade de Brasília. Seu trabalho no painel se intitula “Tradição Calunduzeira: um conceito diaspórico”. Debaterá as diferentes maneiras como as religiões de matrizes africanas são entendidas no Brasil, a partir de uma compreensão de tradição – êmica e acadêmica – e defenderá a longevidade e profundidade do movimento de atualização de práticas afrorreligiosas neste país, auxiliado por indígenas e forçadamente sincretizado com o Catolicismo, bem como a resistência que sempre manteve contra as violências da colonização e colonialidade.
Descrição de quanto e o que vamos precisar para viagem
Precisamos de dinheiro para passagens, transporte, seguro de saúde estadia e alimentação, durante 5 dias de viagem, em um local em que o preço de tudo deve ser multiplicado na razão de 1 dólar para 4 reais. Os custos devem ser pagos por nós mesmas/os e, por isso, pedimos doações e ajuda por meio dessa vakinha.
Se quiser nos ajudar diretamente, com qualquer valor, depósitos na conta:
Titular: Andrea C Guimarães
CPF: 081.580.936-04
Banco: Banco do Brasil - 001
Agencia. 2918-1
Conta N. 45475-3
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Fontes utilizadas neste vídeo:
Arquivo e Site calundu.org
Relatório de Intolerância e violência religiosa no Brasil, Ministério dos Direitos Humanos
Documentario Cantigas de Orixá, UDI 2019
Cecorè - Centro Cultural Ore! - https://www.facebook.com/cecoreudi/
Matérias de Jornais - google
Site Oficial Universidade de Harvard
Cenas da Marcha pela Vida e Liberdade Religiosa, POA 2016