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Arrecadação de Fundos de Apoio aos Guarani-Kaiowá

ID: 21107
Arrecadação de Fundos de Apoio aos Guarani-Kaiowá
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Vaquinha criada em: 14/09/2015
Vaquinha encerra em: 01/10/2015
Texto: Assessoria Coletivo Terra VermelhaFoto: Maria Chiang

Dois fatos recentes ocorridos no Mato Grosso do Sul  colocou a situação dos Guarani-Kaiowá em alerta para o mundo: o primeiro, no tekohaÑanderúMarangatu, perto do município de Antônio João, no sul do estado, fazendeiros agiram sob a tutela do Estado, junto com o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e um parlamentar federal da bancada ruralista, tentando tirar à força a comunidade da sua terra tradicional, de modo truculento, onde crianças, mulheres e idosos foram agredidos, que chegou a culminar, na morte do líder indígena, Semião Vilhalva, no dia 29 de agosto.

O segundo episódio foi no dia 3 de setembro, um dia após a visita do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo ao MS, que veio instalar uma mesa de negociação com fazendeiros e indígenas, a fim de tentar amenizar a situação, assim, no dia seguinte, os fazendeiros voltaram a atacar os Guarani-Kaiowá, de outrotekoha,GuyraKamby´i, próximo à cidade de Douradina. 

 Diante desses episódios, o Coletivo Terra Vermelha resolveu solicitar o apoio da sociedade civil para a realização de uma campanha de arrecadação de fundos para os Guarani-Kaiowá, uma vez que em ÑanderúMarangatu , apesar da presença do exército ( que segundo Decreto-Presidencial vai permanecer por 90 dias), a comunidade não está tendo acesso a alimentos por parte do Governo Federal, há ainda um agravante, devido uma campanha caluniosa da Presidenta do Sindicato Rural de Antônio João, de incitação ao ódio, os comerciantes se negam a vender alimentos aos indígenas.

Em GuyraKamby´i, os barracos foram queimados pelos pistoleiros, os Guarani-Kaiowá também passam fome, durante visita da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Federais, foi constatado que os únicos alimentos que tinham para consumir eram mandioca e ovo, é importante ressaltar quenão há nenhuma segurança (Polícia Federal ou Força Nacional) no local, os Guarani-Kaiowá podem sofrer novas ameaças a qualquer momento.

O Coletivo Terra Vermelha junto com outros movimentos sociais vêm acionando o Ministério Público Federal, bem como, entregou um documento ao Ministro da Justiça durante sua visita, pedindo providências, no entanto, não podemos esperar pelo desenrolar deste trâmite burocrático. Crianças indígenas vêm passando privações e famílias inteiras vêm sendo ameaçadas enquanto a situação não se resolve adequadamente.

Desse modo, os recursos aqui auferidos vão ser destinados exclusivamente aos Guarani-Kaiowá que se encontram em processo de retomada de suas terras tradicionais, que precisam do mínimo para sobreviver, como alimentos, lonas e cobertas.  Sabemos que muitas pessoas fora de Mato Grosso do Sul se solidarizam à luta dos Guarani-Kaiowá, e não tem outro modo de ajudar, essa campanha de arrecadação de fundos, serve para facilitar esse apoio. 

Para finalizar, ressaltamos que uma parte do dinheiro arrecadado também vai ser utilizado para a construção da casa de reza no tekoha Taquara, que fica próximo a Caarapó,a “ogapysy”é usada para a realização de rituais religiosos e serve para o fortalecimento da resistência do povo Guarani-Kaiowá. Esse pedido foi feito ao Coletivo Terra Vermelha durante a nossa presença na AtyGuasu (Grande Assembleia Guarani-Kaiowá) em Arroio Kora, no mês de julho. 

Quem somos nós

O Coletivo Terra Vermelha é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos ativa desde o ano de 2012. O grupo de ativistas compõe-se por antropólogos, professores, artistas, produtores culturais, advogados, indígenas, jornalistas, estudantes que são movidos pelo ideal de apoiar a causa indígena sul-mato-grossense. Desde o surgimento espontâneo do grupo, o Coletivo Terra Vermelha vem promovendo frequentemente campanhas de conscientização de respeito à diversidade étnica e cultural deste estado. Sua proposta é promover um diálogo entre índios e não-índios, defender a inclusão indígena nos mais diversos espaços sociais, combater o racismo e participar da luta pela demarcação de terras indígenas no  estado de Mato Grosso do Sul.

Leia mais e compreenda a situação:http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/prefeito-decreta-emergencia-e-pede-a-funai-alimen...http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/05/politica/1441467261_989526.htmlhttp://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&action=read&id=8326Site do Coletivo Terra Vermelha:https://coletivoterravermelhams.wordpress.com/Página do Facebook:https://www.facebook.com/coletivo.terravermelha?fref=ts
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