A doença chamada COVID-19 despertou novamente lembranças de um passado tenebroso. Epidemias locais de gripe e sarampo exterminaram vários povos indígenas. Hoje, aprendemos a diferença entre a epidemia e pandemia, mas para nós não faz diferença, porque epidemias destruíram muitos mundos indígenas e vemos esse risco se aproximar novamente.
Gripe e sarampo tinham tratamento, a COVID-19 ainda não, o que nos causa ainda mais aflição. Hoje, nossas comunidades se isolaram em suas aldeias para se protegerem, com a memória do extermínio de muitos povos do Território Indígena do Xingu, que foram vítimas do contágio por doenças como a COVID-19 em um passado próximo. Extermínio de novo, não!
Em isolamento e com medo, nossas comunidades não podem ir as cidades para adquirir materiais básicos para o seu cotidiano. Suas poucas reservas de alguns materiais e produtos estão se esgotando. Precisamos de apoio.
A ATIX-Mulher lança esse chamado para levantar fundos com a finalidade de adquirir materiais básicos de higiene, ferramentas e produtos alimentícios para complementar a alimentação das famílias que estão isoladas em suas aldeias. Há a necessidade apoio, especialmente para as mulheres indígenas, que tem a sua contribuição fundamental como guardiãs do bem-estar das famílias indígenas.
Quem somos?
A ATIX-Mulher é um setor de atenção a causa da mulher xinguana e tem como sua base de apoio O Movimento de Mulheres do do Xingu (TIX). A ATIX-Mulher é parte da estrutura orgânica da ATIX-Associação Terra Indígena Xingu. Representamos os 16 povos indígenas do Território Indígena do Xingu - TIX, com a população estimada em 8 mil pessoas. Nosso território fica localizado ao norte do Estado de Mato, próximo à divisa com Estado do Pará.
Precisamos do seu apoio para arrecadar fundos para entregar 875 cestas indígenas e produtos de limpeza para 875 famílias que não podem correr o risco de sair de suas aldeias. Sua ajuda vai ser entregue nas 114 aldeias do Xingu e irá salvar o nosso povo de mais um extermínio que pode acontecer com a entrada do COVID-19 em nossas aldeias.