33 famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais da comunidade Brejinho do Rio das Onças II, no Município de Bom Jardim, Estado do Maranhão, pedem socorro.
Estas famílias são vítimas de criminosos ambientais: madeireiros, fazendeiros e grileiros de terras que fazem extração ilegal de madeiras da Reserva Biológica do Gurupi e das terras indígenas localizadas próximas a esta comunidade. Cada uma possui entre seis e nove membros, dentre estes muitas crianças, que encontram-se há mais uma semana fora da escola que funcionava na comunidade.
No dia 25 de Agosto de 2015 tiveram o seu representante e presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais assassinado com 12 tiros e a golpes de facão que lhe deceparam a cabeça, em uma emboscada. Deixaram sua esposa gravemente ferida com 06 tiros, que ainda se encontra internada.
As 33 famílias tiveram que fugir das suas casas à noite, às pressas, somente com suas crianças e com as roupas do corpo. Deixaram para traz tudo. Seus pertences, seus animais domésticos e de criação, suas roças de milho, mandioca e os produtos que já haviam colhido: arroz, feijão, farinha.
Hoje, elas estão a 80 km de suas residências, morando de favor nas casas de conhecidos, amigos e parentes na cidade de Buriticupu-MA. Estão passando por muitas dificuldades tais como: alimentos, remédios, roupas, calçados, material de higiene pessoal, não tendo como se manter por estarem sem trabalho.
As famílias não podem voltar para buscar suas coisas pessoais, seus animais e sua produção por motivo do clima de violência na região. Após o assassinato do ambientalista e presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais, outras duas pessoas já foram mortas nas proximidades.
Esta vaquinha é um apelo pela solidariedade de todas e todos, para que ajudem as famílias de trabalhadores rurais da comunidade a reaver itens básicos de sobrevivência. A todos que se indignam com injustiça fundiária que existe no Brasil, a todos que zelam pela preservação ambiental, que lutam contra a grilagem de terras, a extração ilegal de madeiras, contra a violência no campo que perdura e vitima centenas de pessoas a cada ano no país, este é um apelo para que transformem o desejo de mudança em um gesto de solidariedade e amparo às famílias que vivem na linha de frente desta luta.
Sobre o assassinato do ambientalista e presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais, Raimundo dos Santos, veja as notícias:
Veja também o vídeo em que Raimundo denuncia as ameaças que sofria: