Quem nunca, enquanto assistia um jogo da Francana ou Franca Basquete, escutou um grito de ‘Oi!’ no estádio? O grito feito por vários vendedores de amendoins nos jogos, se destacava, principalmente, por um deles: Adauto Raimundo da Silva. A famosa fala, no entanto, precisou ser interrompida devido a pandemia, assim como as vendas. Por isso, Adauto está sem emprego há mais de um ano e vive com a venda de balas nas ruas. A alternativa não tem ajudado tanto, com ele ganhando bem menos do que com a venda de amendoins, profissão que exerceu por mais de 30 anos. “Eu fico em um posto vendendo balas para as pessoas que passam. Tiro R$ 60 por dia. Até tentei achar um outro serviço, mas não tem nada. A coisa está feia”, contou.
A dificuldade em achar um emprego melhor, juntando com a baixa renda atual, fez com que Adauto encontrasse dificuldade para criar suas seis filhas. Viúvo, ele sustenta todas as meninas menores de idade, em uma casa emprestada por uma conhecida. “Um pacote de arroz lá em casa não dá nem pra uma semana. Estou precisando de tudo, seja alimento ou até mesmo móveis”, disse.Por ser muito conhecido, Adauto tem recebido ajuda das pessoas que o veem na rua. “Eu tenho alguns colegas que me ajudam, se não as coisas estariam ainda piores. Muitos, que me conhecem pelos jogos, me dão uma ajuda sem nem comprar uma bala”, relatou.
Apesar destas pequenas contribuições, o vendedor ainda segue desesperado para que situação melhore.