Martim (Recife 14/09/1919 – Recife 18/03/1973).
Martim foi um nordestino do mundo, diretor brasileiro da segunda fase do Modernismo teatral, construiu carreira sólida no Rio de Janeiro e São Paulo, com passagem fulminante por Salvador, onde criou a 1ª Escola de Teatro no país ligada a uma instituição de nível superior, a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Diretor, crítico, cenógrafo, figurinista, professor, produtor e tradutor de obras da dramaturgia mundial que hoje fazem parte do repertório em língua portuguesa, Martim foi “indiscutivelmente, um dos homens de teatro mais completos do país” que desempenha tudo “com talento e rigor”, nas palavras do crítico Yan Michalski.
O centenário congrega – nesse que chamamos Módulo 1 – as seguintes ações/intervenções: 1) Leitura dramática; 2) Exposição; 3) Palestra; 4) Lançamento de selo pelos CORREIOS; 5) Coquetel e 6) Uma peça também entrará em "cartaz digital" durante um mês. Local: em teatros da capital carioca, com transmissão ao vivo pela internet. Todos os produtos são originados de amplo e variado “Arquivo-Vivo” que hoje compõe o Instituto Martim Gonçalves.
O Instituto Martim Gonçalves foi criado em 14 de setembro de 2017 a partir da reunião de documentos guardados por mais de 40 anos pelo cenógrafo e parceiro artístico de Martim, Hélio Eichbauer, pela família do diretor no Recife, como também pelo material recolhido pela pesquisadora Jussilene Santana, atriz baiana que investiga a vida e a obra do homenageado, tendo realizado prospecção em 10 dos 22 países em que Martim morou, visitou ou fez conexão.
Na Bahia, a administração Martim da Escola de Teatro (ET) da UFBA (1956-1961) marcou indelevelmente a formação de artistas que aí estudaram ou frequentaram, e que, por sua vez, se tornaram expoentes na cultura nacional, como: o cineasta Glauber Rocha, os atores Helena Ignez, Geraldo Del Rey, Antonio Pitanga, Othon Bastos, Mario Gusmão e Jurema Penna, os cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé, entre muitos outros.
O texto da leitura será Noite de Guerra no Museu do Prado, de Rafael Alberti. Martim começou a traduzir e pretendia montar com a arquiteta e amiga Lina Bo Bardi em 1967, mas o projeto nunca saiu do papel. O texto narra – a partir de fatos reais – a noite da evacuação e defesa por civis das obras artísticas expostas no Museu do Prado, durante o bombardeio de Madri, na Guerra Civil Espanhola.
Mais de 50 artistas já estão envolvidos na verdadeira Força-Tarefa que se tornou a realização desse centenário em tempos atuais de Brasil e que, agora, você pode participar!
Para concretizar as ações do Centenário, abrimos esta Vaquinha que ficará até 13/09/2019. Precisamos de R$ 85.600, 00 em 40 dias! Agradecemos de antemão sua colaboração financeira e/ou divulgação entre seus amigos e conhecidos. OBRIGADA! VIVA MARTIM!