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Ajudem a Doppel a sair dessa situação / Please Help Doppel get her life in order

ID: 4337475
Ajudem a Doppel a sair dessa situação / Please Help Doppel get her life in order
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Vaquinha criada em: 31/12/2023

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A versão curta da história:

Olá, eu sou a Gio, também conhecida como Doppel. …ou Feral. …ou Luck (gente, vocês me dão apelidos demais), uma ilustradora e game designer trans e brasileira cuja vida vêm presa numa espiral de desastres pessoais por vários anos seguidos (demitida duas vezes por chefes incompetentes/corruptos durante a pandemia, ignorada pelo meio acadêmico, mentalmente abusada por um pai irresponsável – e agora preso, – encalhada sem muitas oportunidades e agora com risco de não conseguir nem bancar um lugar pra viver, etc etc)

…Então… eu desesperadamente preciso de ajuda.

Se você precisa de mais informações ou quer saber mais sobre a minha história, aqui estão 3 breves “possíveis perguntas frequentes”, seguidas da versão longa, dividida em tópicos porque eu tenho quase certeza que sou neurodivergente e extremamente propensa a falar e enrolar sem parar, então essa estrutura deve tornar as coisas mais “legíveis”:

 

Perguntas Frequentes:

“Para quê é toda essa quantia?”

- Basicamente para que eu possa pagar minhas dívidas e manter a mim e minha família sustentadas por 6 meses caso o pior aconteça; e se o pior não acontecer, ainda servirá para me ajudar a custear tratamento psicológico e psiquiátrico adequados, meu tratamento hormonal/transição, a mudança para um novo apartamento, poder ter recursos o suficiente para montar um espaço legal pra viver, e poder cobrir as despesas envolvidas em me tornar uma pessoa ativa, produtiva e *feliz* de novo (seja como game designer, ilustradora, acadêmica… ou qualquer carreira que se encaixe no meu conjunto de habilidades, que me faça feliz e que eu possa arcar com os custos iniciais pra variar).

 

“E se a quantia não for atingida?”

- Também está tudo bem, porque até mesmo um quinto dessa quantia já seria de grande ajuda para ajudar a mudar minha situação atual e me ajudar a bancar ao menos algumas coisas, e a partir daí cuidar do resto por conta própria; não vai garantir que eu e minha família escapemos do pior com algum grau de certeza, mas ainda assim seria de grande ajuda. 

 

“E se o pior não acontecer e vocês não precisarem da quantia inteira? Ou e se a campanha arrecadar mais que a meta?”

Sejamos francas, minha família caiu do fundo do poço da “classe média” direto pro começo de “pobre” anos atrás; nunca haverá uma situação em que a quantia total não seja “necessária” de alguma maneira. Se não precisarmos por conta de alguma emergência médica, precisaríamos para as minhas cirurgias. Se não precisarmos para moradia, precisaremos para dar um tratamento adequado às doenças crônicas da minha mãe (afinal ela tem 62 anos). Parte pode ser usada para comprar óculos novos pra mim (minha visão piorou mais e mais ao longo dos anos, mas eu venho usando o mesmo par há 10 anos), parte pode simplesmente ser usada pra me ajudar a atingir meus objetivos mais facilmente. E claro, eu vou manter uma quantia guardada para passar o favor adiante quando eu ver alguém mais em uma situação similar no futuro.

 

A história longa, dividida em partes:

Esses últimos anos:

Fui demitida duas vezes, parei de conseguir desenhar (muitas barreiras mentais), meu tratamento hormonal foi ladeira abaixo, meu pai abusivo quase morreu (duas vezes) e eu tive que tomar conta dele pra depois o ingrato ser preso e basicamente bloquear todos os benefícios vindos do acordo de divórcio, tivemos que nos mudar duas vezes porque “o dono do apartamento quer ele de volta” e parece que vamos pra uma terceira vez agora em 2024. A qualquer momento podemos perder nossos planos de saúde, minha mãe pode perder o emprego dela e podemos perder nosso lar pela terceira vez seguida.

Resumindo ainda mais, esses anos não foram gentis com a gente.

 

Situação de emprego e estudos:

Nesses últimos 4 anos eu fui demitida de trampos de game design duas vezes: uma logo no começo da pandemia lá em 2020 (ainda por razões desconhecidas; talvez preconceito, já que eu tinha acabado de mencionar para o gerente de projeto que meu tratamento hormonal iria começar mas que isso não iria afetar minha produtividade; ou talvez meu estilo de trabalho bem “coordenar-com-todos-os-times” tanto como game designer como produtora tenha feito o gerente de projetos se sentir redundante, e a chefia do projeto era bem séria quanto a escolher e beneficiar seus favoritos, então me jogaram fora) e outra vez em 2023 (porque a companhia que me contratou não tinha fundos em reserva o suficiente para me pagar, já que eles estavam contando com um acordo de licenciamento que acabou não rolando). E eu ainda não consegui outro emprego desde então.

“Mas o que torna o seu currículo tão indesejável?” Bem, eu passei 10 anos na universidade; pouco mais de 3 em engenharia, mais 2 em ciência da computação (onde consegui meu Bacharelado), e o resto em tentativas falhas de conseguir um Mestrado (duas tentativas em Design e uma em Computação). A maioria dos projetos aos quais eu dediquei anos da minha vida acabaram completamente descartados pelos meus mentores e orientadores, ou rejeitados como “não sendo dignos de estudo em mais profundidade” (algumas dessas áreas que agora estão cheias de projetos em andamento, por outras pessoas, provando tarde demais que eu estava certa). Ou abandonados, em meio à minha depressão e falta de encorajamento de outros ao redor. E depois de todo esse tempo investido, mais o trauma, mais os orientadores ausentes e o “gatekeeping”, é muito difícil voltar.

Tudo isso significa que minhas alternativas são no mercado de trabalho propriamente dito: game designer, ilustradora ou…. Qualquer outro emprego que use minhas habilidades e conhecimentos (técnica de computadores, por  exemplo); exceto que isso significa que meu currículo tem uma lacuna de 10 anos que ou é uma bandeira vermelha enorme para a maioria dos empregadores, ou quando eu realmente incluo os anos gastos na universidade, eles acham que eu tenho qualificações demais e só estou interessada na vaga como bico temporário que vou abandonar em pouco tempo, e portanto não arriscam me contratar.

 

Além disso eu perdi praticamente toda a minha vontade de desenhar (um hobby pelo qual eu era apaixonada – e que paga razoavelmente bem) e a maioria das outras carreiras “solo” ou “alternativas” que poderiam usar minhas habilidades e conhecimentos (criar um canal de tecnologia, ensino remoto, uma oficina maker, desenvolvimento indie de jogos…) ainda iriam precisar de algum tipo de investimento inicial que eu simplesmente não tenho como custear.

Basicamente, eu venho tentando. Mas ou eu sou indesejável pro trabalho, ou literalmente não posso pagar o custo de entrada.

 

Saúde:

Eu sou trans, sem qualquer tratamento a não ser terapia psicológica breve, e na maior parte do tempo não-especializada.  Eu também provavelmente estou em algum ponto do espectro autista, mas profissionais capazes de fazer esse diagnóstico em pessoas adultas são raros e caros por aqui. Eu também sofro de depressão, ansiedade e insônia. Também sofro de enxaquecas crônicas desde a infância, sem nenhum médico tendo chegado perto de me explicar o motivo, ou o tratamento. 

Essencialmente eu preciso de medicamentos só pra conseguir funcionar, e eles não são baratos. E com todas as outras coisas acontecendo, a depressão continua piorando.

Já quanto ao meu tratamento hormonal e transição, tudo deveria ter começado ainda em 2020, mas a pandemia atrapalhou tudo. Depois, eu consegui continuar num hospital público, mas acabei impedida de novo porque a psiquiatra do hospital me barrou em um ciclo de “nós não podemos prosseguir até tratar melhor sua depressão”, e a minha depressão continuava a piorar em grande parte pelo resto do tratamento não prosseguir. Então acabei parando de ir. E não tenho dinheiro para prosseguir com o tratamento de forma particular.

 

Moradia:

Vivemos basicamente sob um teto emprestado, como tem sido por quase toda a minha vida. Primeiro um apartamento que pertencia à família da minha avó, e que tinha sido um presente para que ela vivesse naquele apartamento; e depois que ela morreu e meu pai continuou irritando o lado dela da família, os primos que são os verdadeiros donos do apartamento enviaram para ele uma versão mais gentil de uma “carta de despejo”... Exceto que ele não morava mais ali, ele tinha fugido para morar com a amante (...mais detalhes mais pra frente). 

 

Então o primo entrou em contato com a gente de forma mais amigável e disse “vocês ainda vão ter que sair daí, mas nós vamos pagar os primeiros meses de aluguel do próximo apartamento”. Encontramos um novo apartamento e lá ficamos por… menos de 3 anos, quando o dono daquele apartamento o pediu de volta pro filho dele morar lá. E sim, isso aconteceu no meio da pandemia.Depois de algum desespero tentando encontrar outro lugar pra morar, estamos agora em outro “apartamento emprestado” (sendo que dessa vez pagamos condomínio, IPTU e esse agregado todo é tão caro quanto o aluguel do apartamento anterior) da irmã de uma amiga de longa data da minha mãe. Mas a história se repete de novo, a dona quer o apartamento de volta ano que vem (sendo que a irmã dela diz que isso ainda não está definido e a história é bem mais complicada do que parece). 

Em resumo, temos que nos mudar de novo. Mas conseguir arcar com os custos é outra história.

 

Família:

É pequena e bastante espalhada. Eu vivo com minha mãe, que tem 62 anos e várias doenças crônicas que exigem medicação constante (e cara) mas que ainda trabalha com unhas e dentes para manter as contas em dia (mesmo sob o risco de ser demitida a qualquer momento, por tecnicamente já ser aposentada), e um irmão mais novo é diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista), e num nível bem mais alto que eu (e também depende de medicação). A maior parte do resto da minha família ou vive bem longe (em outros estados), ou tem os próprios problemas sérios para lidar, ou não dá a mínima para o meu pedaço da família.

Ou, o pior de todos, é o próximo capítulo nesta lista.

 

Pai Abusivo:

Nossa, essa parte é tensa… E deixo logo um aviso claro: essa seção concentra todos os alertas de conteúdo (então se você preferir pular essa parte, fique à vontade), que incluem “violência/abuso físico e psicológico, ideação suicida e potencialmente (não comigo, mas ainda assim) abuso sexual”. Dito tudo isso, vamos tentar fazer essa seção o mais breve possível.

Meu pai sempre foi abusivo e violento, ao mesmo tempo em que tentava dar uma de “pai descolado”. Basicamente um cara que queria ter filhos porque é divertido brincar com crianças, mas que nunca esteve pronto para tomar qualquer responsabilidade como pai de verdade. Isso se traduziu em muitos castigos físicos, um monte de gritaria, a coisa toda. E quando eu cresci o suficiente pra perceber o tipo de pessoa que ele era, me distanciei dele, enquanto ele continuava manipulando meu irmão para ser “o filhinho pequeno dele”.

…Até chegar o dia em que ele decidiu ir viver com a amante, saiu de casa sem dizer nada, e quando o dono do apartamento (primo dele) pediu a propriedade de volta, a resposta dele foi “arrumem um advogado e briguem pra ficar por usucapião”. Ele também oficializou o divórcio com a minha mãe e nos deixou com praticamente nada além do básico de benefícios obrigatórios, plano de saúde pra mim e meu irmão (mas não para a minha mãe) e um carro com tantas taxas e multas atrasadas que acabamos tendo que vender no prejuízo. Eu passei anos sem falar com meu pai.

…Então por que tem uma seção inteira aqui dedicada a ele? Bom, porque enquanto eu estava no auge da minha depressão-pós-demissão, ele caiu de pára-quedas de volta na minha vida tendo um AVC. O hospital ligou pra mim pra avisar que eu “era a única pessoa da família que eles tinham como contactar, e que ele estava sozinho no quarto do hospital fazia uma semana, sem metade das memórias e chorando sozinho no leito”.

Lá fui eu cuidar dele, ajudar ele a se recuperar e tudo mais, e como recompensa… tive que resgatar ele de novo de outro incidente resultante do AVC. E assim que ele melhorou, ele conseguiu a façanha de violar uma medida protetiva contra a ex-amante e acabou preso. 

Agora ele aguarda julgamento (potencialmente por abuso de incapaz; porém eu não tenho como saber dos detalhes porque o caso corre em segredo de justiça), e minha família perdeu quase todos os benefícios conquistados no divórcio (sim, os poucos que conseguimos); e se ele for condenado (ou morrer na prisão, já que a saúde dele atualmente é bem frágil), perdemos todo o resto. E é isso que eu quis dizer lá no começo com “caso o pior aconteça”.

 

Toda essa carga mental de uma vida inteira de interações horríveis com ele, mais todos os desastres de pequeno e médio porte ao longo desses últimos 7 anos, me levaram à beira do suicídio. Só a ajuda de um grupo próximo de amizades que conseguiu impedir que eu fosse em frente, e eu agradeço essas pessoas profundamente.

 

A meta da vaquinha:

Então. Como calcular quanto eu preciso pra sair desse buraco? Pra isso eu tive ajuda da minha amiga Alexia. A sugestão dela foi “calcular a soma dos meus débitos atuais, mais o custo de vida de 6 meses pra minha família, em nossa situação atual”.

Então o detalhamento foi (em Reais): 1500 em dívidas pendentes, 1330 em “aluguel” (...na verdade condomínio e taxas), 800 em alimentação, 300 em conta de energia, 125 em internet e cerca de 150 em miscelâneas extras. Adicionando a isso, tem uns 300 reais em remédios (para nós 3) e o total mensal ficou em 3000 reais. Ela também recomendou adicionar 10% por conta de variações nos preços (não chegamos a contar coisas como transporte e algumas outras coisas, mas isso acaba sendo coberto nas próximas etapas).

Então 1500 + 6x 3300, o que nos traz a um parcial de 21.300 reais. Essa plataforma tem algumas taxas (incluindo taxas de retirada), então adicionamos mais 10% a esse total. O resultado é cerca de 23.430 reais.

E já que essa vaquinha iria incluir doações de pessoas de outros países, a fim de deixar as quantias mais fáceis de “visualizar” (e também levando em conta que houve coisas que ficaram de fora do cálculo, como transporte, despesas médicas, entretenimento básico, etc), e a taxa de câmbio de Real Brasleiro (BRL) para Dólar Americano (USD) flutua ao redor de 5-pra-1, nós nos decidimos por uma meta de 25.000 Reais, equivalentes a cerca de 5,000 Dólares.

Quanto ao que faríamos em cada cenário de sucesso ou falha (tipo não atingir a meta, ultrapassar a meta, conseguir a quantia exata, etc etc), é só dar uma lida na parte de Perguntas Frequentes lá em cima nos primeiros parágrafos. Mas no geral, é isso. 

 

Palavras finais:

Eu vou ser bem franca: eu passei muito tempo hesitando em fazer essa vaquinha. Achei que era trapaça, que era arrogância minha achar que merecia alguma ajuda, ou que eu estaria pedindo ajuda sem ter tentado o suficiente por conta própria. Eu achava  que eu não merecia ajuda. Eu achava que “outras pessoas estão em situações bem piores, que direito eu tenho de pedir ajuda?”

Mas… Amigues de todos os cantos me ensinaram que não, não é assim que eu deveria ver as coisas. Todo mundo que está passando por alguma necessidade merece ajuda. Estando numa situação “menos ruim” não significa que minha causa não tem mérito. E no final das contas não cabe a mim julgar isso; amigues e outras pessoas e corações gentis que decidirem doar e contribuir com a minha causa é que são as verdadeiras pessoas a arbitrar meu caso, a julgar se eu mereço ou não. Se vocês acham que eu mereço ajuda, é minha obrigação humildemente aceitar e fazer o melhor que eu puder com o que eu receber, e não decepcionar vocês.

Então… eu peço desculpas por essa parede de texto gigante e verbos (e nossa, eu tive que deixar tanta coisa de fora pra encurtar a história), mas eu espero que isso sirva para explicar a minha situação, e o motivo de eu estar buscando ajuda aqui. Para quem estiver doando/ajudando, ou mesmo pra quem se preocupou o suficiente pra ler até aqui, eu agradeço do fundo do meu coração.

 

E também agradecimentos especiais a Alexia, por ter me ajudado a organizar isso tudo, e Flam, pela ilustração. 

 

[----------------------- English version starts here —------------------------]

 

Long-story-short:

Hello, I'm Gio a.k.a “Doppel” (or “Feral”, or “Luck”... wow you folks give me too many nicknames), a Brazilian trans game designer & illustrator who's been on a downwards spiral of personal disasters for a couple of years (fired twice by incompetent/corrupt bosses during the pandemic, dismissed by academia, mentally abused by a neglectful —and now jailed — father, stranded without many opportunities and now risking not being able to afford a place to live, etc etc). 

....So... I'm in desperate need of help.

If you need more info or want to know my story, here's a short FAQ, followed by the long version broken down  into topics because I’m almost surely neurodivergent and very prone to rambling, so this should make things easier to read and follow:

 

FAQ:

“What’s this amount for?”- Basically so I can pay my debts and keep myself and my family afloat for 6 months in case the worst happens; if the worst doesn’t happen, it’ll still help me afford proper psychological and psychiatric treatment, my HRT, moving to the new apartment, affording to assemble a liveable space, and be able to cover the expenses involved in becoming an active, productive and *happy* person again (be it as a game designer, as an illustrator, as an academic…or any other career that fits my skill set, makes me happy, and that I can actually afford the upfront costs for a change).

 

“What if it doesn’t reach that goal?”- That’s fine too, ‘cause even a fifth of that much could really help change my current situation and allow me to afford at least a few things, and manage to get the rest on my own; it won’t guarantee that me and my family will be out of the woods for sure, but it will still be of great help nonetheless.

 

“What if the worst doesn’t happen and you don’t need the full amount? Or what if it goes beyond the goal?”- Let’s be frank, my family dropped from the bottom edge of “middle class” to the top edge of “poor” years ago; there’ll never be a situation where the full amount isn’t “needed” in some way. If we don't need it for emergency medical expenses, then it goes to my surgeries. If we don’t need it for housing, it can go towards giving my mom proper treatment for her chronic illnesses (she’s 62, after all). Some can go towards buying me new glasses (my vision got worse but I’ve been using the same pair for 10 years), some can simply help me achieve my goals more easily. And of course, I will keep an amount saved to pass the favor down when I see somewhere else in my situation in the future. 

The long story, broken down:

The last few years:

Got fired twice, became unable to draw (too many mental blocks), my HRT went downhill, my abusive father almost died (twice) and I had to take care of him, only for him to get arrested and lock us out of most of the stuff from the divorce agreement, we had to move twice already because "the landlord wants the apartment back" and it seems we're about to go for a third in 2024. At any moment we can lose all healthcare, my mother can lose her job and we can lose our home for the third time in a row.

Putting it even shorter, these haven't been kind years.

 

Job situation and academia:

In these last 4 years I was fired from game designer gigs twice: once in the early pandemic back in 2020 (for still unknown reasons; maybe it was prejudice, since I had just told the project manager I was about to undergo HRT but that it wouldn’t affect my productivity; or maybe because my “coordinate-with-all-teams” work style as a game designer and producer made the project manager feel redundant, and the bosses were adamant about benefiting their favorites, so they canned me) and once in 2023 (because the company that hired me didn’t keep enough funds to pay me, since they were counting on a licensing contract that ended up not happening). And I haven’t been able to find a job yet.

“But why is your CV so undesirable?” Well, I spent about 10 years in academia; a bit over 3 years in engineering, then 2 more in computer science (where I got my Bachelor’s Degree), and then the rest in failed attempts at getting a Masters Degree (two attempts in Design, one in Computer Science). Most of the projects I dedicated years of my life to ended up completely discarded by my superiors, or disregarded as “not worth studying in more depth” (said areas are now brimming with new research, proving I was right, but a little too late). Or simply abandoned, amidst my depression and lack of encouragement by my peers. And after all of this sunk cost, plus the trauma, plus the neglectful mentors and the gatekeeping, it’s hard to go back. 

 

Meaning my alternatives are on the actual job market: game designer, illustrator or… whatever other job that uses my skills (computer technician, etc); except this means my CV has a 10-year-gap that’s either a red flag for most employers, or when I do include the time spent in academia, they will think I’m overqualified and I’m only there for a temporary gig and thus they won’t wanna risk hiring me.

I also completely lost any will to draw (a hobby that I still am very passionate about – and pays quite well) and most other “solo” or “alternative” careers that I could follow with my skill set (tech/teaching channel, maker workshop, solo indie development…) still require some kind of upfront investment that I simply can’t afford.Basically, I’ve been trying. But I’m either undesired for the job, or literally can’t afford the cost of entrance. 

 

Health:

I’m transgender, without any treatment other than very brief, mostly non-specialized, psychological therapy. I’m also probably somewhere in the autism spectrum, but professionals capable of diagnosing that in adults are both rare and expensive around here. I also suffer from depression, anxiety and insomnia. And I have suffered from chronic migraines since my early childhood, with no doctor being able to tell me why, or how to treat it. 

Essentially I need medications just to function, and those don’t come cheap. And with all the other things happening, the depression just keeps getting worse.

As for my HRT, it was supposed to have started back in 2020, but the pandemic got in the way. Then I managed to get it going again in a public hospital, only for me to get stonewalled by the hospital’s psychiatrist (infinite loop of “we can’t proceed until we treat your depression”, “depression gets worse because treatment doesn’t proceed”), so I ended up dropping out. And I have no money to pursue it on my own.

 

Housing:

We basically live under a borrowed roof, as it has been for my entire life. First an apartment that had belonged to my grandmother’s family, and was a gift for my grandmother to live in; and as she passed away and my father kept pissing off her branch of the family, the cousins who actually own the apartment sent an eviction letter. ….Except he didn’t live there anymore, he had fled with his mistress (...more on that later). So the cousin contacted us with a more friendly “you folks are still out, but we’ll pay for the first months of rent of your new place”. We found a new apartment, settled there and… less than 3 years later the landlord wanted it back for his son. And yeah, this was in the middle of the pandemic. After some desperation trying to find a new place, we’re now in another “borrowed apartment” (though this time we have to pay all of the attached fees that are so high they’re basically the same as the rent from the previous apartment) from a sister of a long-time friend of my mother’s. But history repeats itself, and the owner of the apartment wants it back next year (though her sister says this is still not set in stone and the whole thing is more complicated than it seems). In short, we have to move. But affording it is a whole other story.

 

Family:

It’s small and scattered. I live with a 62-year-old mother who has her share of chronic illnesses that require (expensive) medication, but still works tooth and nail to try to pay the bills (even though she could be fired any day, due to being technically retired already), and a younger brother who’s on the autism spectrum and on a much more higher level than mine (and relies on medication too). Most of the rest of my family either lives far away, has too many issues of their own, couldn’t care less about us or, worst of all, is the next chapter on this list.

 

Abusive father:

This one is a doozie. And this section concentrates all of the content warnings (so if you want to skip this part, go ahead), which include “physical, psychological and (not to me, but still) potential sexual abuse, suicidal ideation”. With that out of the way, let’s make this as short as possible.

My father has always been abusive and violent, while at the same time trying to play the “cool parent” schtick. Basically a dude who wanted kids because of the fun to play with them, but who was never ready to actually take the responsibility of being a parent. Meaning physical punishments, lots of yelling, all that jazz. And when I grew old enough to realize the kind of person he really was, I distanced myself from him, while he kept manipulating my brother to stay as “his little kid”.

…That is, until he decided that he wanted to live with his mistress, left home without saying anything and when our landlord (his cousin) wanted the apartment back, his response was “get a lawyer and fight for it”. He also divorced my mother and left us with essentially nothing other than a few mandatory benefits, the healthcare plan for me and my brother (but not my mother) and a car with so many due fees and tickets that we sold it at a loss. I spent years without speaking to him.

…So why am I giving him a whole section here? Well, because while I was in my post-getting-fired depression, he just parachuted back into my life by having a stroke, and the hospital staff called me to tell I “was the only family member they could contact, and he had been alone for almost a week, with half his memories missing and crying alone in is bed”. 

I stood by his bedside, helped him recover, and as a reward… I had to rescue him again from another stroke-related incident, and once he got better again, he managed to violate a restraining order and got arrested. Now he’s awaiting trial (possibly for child abuse; though I’m not sure, the case runs under a gag order, as is the law) and my family lost almost all benefits from the divorce (the very few we managed to get), and if he does get convicted (or dies, since his health is currently very frail), we lose the rest. That’s partly what I meant in the very beginning about “if the worst thing happens”. 

The total mental strain my entire life of interactions with him, plus all of the small and medium disasters of the recent 7 years or so, drove me to the edge of suicide; a few close friends kept me from actually going through with it, and I thank them deeply.

 

The crowdfunding goal:

So. How to calculate how much I need to handle this mess? For this, I had help from my friend Alexia. Her suggestion was “calculating the sum of my current debts, plus the cost of living for 6 months in our current situation”.

So the breakdown was (in Brazilian Reais [BRL]): 1500 in debt, 1330 in “rent” (...apartment fees), 800 for food, 300 for power, 125 for internet and around 150 on misc extras. Adding to that an estimated 300 in medications (for the 3 of us) and the monthly total is around 3000 BRL.

She recommended adding 10% for cost variations (we didn’t count stuff like transportation and other stuff, but that gets covered in the next steps).So 1500 + 6x 3300 brings us to 21.300 BRL. This platform charges fees (including withdrawal fees), so we added 10% more. This brings us to around 23.430 BRL.

And since this crowdfunding would include donations from other countries, in order to make it easier to “visualize” the amounts (and also to take into account stuff we didn’t put into the calculation, such as transportation, medical bills, basic entertainment, etc), and the exchange ratio of Brazilian Real to US Dollar is usually 5-to-1, we settled on a 25.000 BRL goal, equivalent to around 5000 USD.

As for what we would do in each “success/failure” scenario (not getting to the goal, reaching the goal, getting past the goal, etc etc), refer to the FAQ in the early paragraphs. But yeah, this is the gist of it.

 

Final words:

I will be very frank, I spent a long time not wanting to do this crowdfunding. I thought it was cheating, or being entitled, or begging without trying enough on my own. I thought I didn’t deserve help. I thought “other people have it worse, what right do I have to ask for help?” But… Some dear friends taught me that no, that’s now how I should be seeing things. *Everybody* who is in need deserves help. Having it better or worse doesn’t mean my case has no merit. And I’m not the judge of it; the friends and other kind souls willing to donate and contribute to the cause are the actual arbiters of this. If you folks think I deserve help, it’s my obligation to humbly accept and do the best with it, and not let you folks down.

So… I’m sorry for this huge, rambly wall of text (and wow, I have to leave out so many things for the sake of brevity), but I hope this explains my situation, and why I’m seeking help here. For those helping, or even those who cared enough to read this far, I thank you from the bottom of my heart.

Also special thanks to Alexia, for helping me organize this, and Flam, for the banner illustration.

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